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Com o Mirai, a Toyota coloca de novo a sua tecnologia de pilha de combustível a hidrogénio em destaque.

Assente na nova plataforma global da Toyota (TNGA), mais concretamente na variante GA-L para os modelos com maior distância entre eixos.

Graças a essa plataforma, o modelo conseguiu incrementar a sua rigidez, mas também oferecer uma postura visual completamente nova, mais largo em 70 mm e mais baixo em 65 mm do que o modelo de primeira geração. A distância entre eixos aumentou em 140 mm para 2920 mm, proporcionando mais espaço por dentro. Assim, tem uma aparência mais agressiva e também desportiva, sem comprometer a versatilidade. O comprimento total acerca-se dos cinco metros (4975 mm).

O conjunto de pilha de combustível utiliza polímero sólido, como no atual Mirai, mas foi tornado mais pequeno e com menor número de células (330 em vez de 370), com uma densidade energética recorde de 5.4 kW/l. A performance em condições térmicas mais extremas, como -30º C, também é agora possível.

Isso foi possível graças à colocação de todo o sistema da pilha de combustível sob o capô, permitindo libertar espaço a bordo. O motor está situado na traseira, o que permite uma distribuição de peso na ordem dos 50/50. Além disso, as cavas das rodas tornaram-se mais amplas, o que permite montar jantes de 19 ou de 20 polegadas.

Um dos propósitos da Toyota foi o de melhorar a suavidade de condução e o dinamismo, beneficiando de um incremento na potência em 12% para um total de 134 kW (182 CV em ‘overboost’), com 300 Nm de binário. Graças à boa distribuição de peso e à colocação dos três tanques de hidrogénio sob o piso, o Mirai pretende ser também mais entusiasmante de conduzir, de acordo com os engenheiros da Toyota. A autonomia anunciada é de 650 km.

São três níveis de equipamento, Luxury, Premium e Limousine, e preços a partir de 55 168 euros mais IVA (67 856 euros c/ IVA), até porque a primeira aposta será nas frotas das empresas. Chega ao mercado em setembro, se até lá existir uma rede de abastecimento de hidrogénio minimamente competente.

 

Ricardo Carvalho

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