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Contamos-lhe neste artigo algumas maneiras de evitar as crateras no asfalto e, acima de tudo, evitar que o seu automóvel fique danificado quando a única hipótese é passar por cima delas.

Os buracos são um problema constante nas estradas portuguesas. No nosso país existem dois tipos de estrada: as melhores da Europa, como já foram apelidadas por muitos, cujo melhor exemplo são as novas autoestradas de asfalto liso, e as muitas estradas esburacadas. Parece que não há um meio termo. Para além de alimentar o risco de acidente, os buracos ou os desníveis nas estradas, causadas pelas passagens constantes de veículos pesados, podem danificar os pneus, os componentes da suspensão e a direção. Mas os problemas das estradas lusas não param por aqui. Há buracos em avenidas movimentadas, desníveis em cruzamentos e remendos de asfalto mal executados que são armadilhas para o automóvel, o que faz com que a suspensão não consiga absorver com a máxima eficácia os buracos, provocando, desta forma, danos no veículo.
Para conseguir enfrentar esta prova de rali diária, o melhor será conduzir devagar e manter a distância para o veículo precedente.
Com as chuvas, mesmo as que ocorrem em tempo mais quente, o número de buracos na rua tende a aumentar exponencialmente. Mas não é apenas a suspensão e os pneus que sofrem com a má conservação do asfalto. As jantes também podem sair com graves danos dependendo da velocidade e do perímetro do buraco. As jantes de ferro podem ser arranjadas, mas no caso de serem de alumínio e se os estragos foram grandes, poderão ter de ser substituídas. O rebentamento de um pneu e a sua consequente inutilização é outro dos problemas. E, neste caso, será sempre necessário trocar dois pneus e nunca só um.
O revistacarros.pt dá-lhe algumas dicas e conselhos para evitar danos no seu automóvel no caso de passar por “dentro” de um buraco.

Reduza a velocidade

No caso de circular numa estrada onde se aperceba da existência de muitos buracos, evite circular com muita velocidade. Se passar por dentro de um buraco no asfalto a uma velocidade mais elevada, é a suspensão que vai absorver todos os impactos. Esta situação pode danificar os batentes de borracha e provocar fissuras nos amortecedores.

Evite poças de água

As poças e os lençóis de água no asfalto são um esconderijo de buracos profundos que, além de poderem furar os pneus e danificar as jantes, podem, também, danificar a suspensão. Contorne sempre as poças de água. Se não puder evitá-las, transponha-os a velocidades muito reduzidas.

Evite a utilização excessiva dos travões

Quando utiliza os travões para evitar um buraco, desloca o peso do carro para o eixo dianteiro em quase 70%. Além de desgastar pastilhas e discos, sobrecarrega a suspensão que já tem de agir suportando buracos. Circule sempre devagar em zona esburacadas.

Evite transpor um obstáculo só com uma roda

Todos sabemos que a queda num buraco na estrada nem sempre é evitável. Por isso, sempre que puder avaliar a situação que se lhe depara à frente, tente passar com as duas rodas pelo obstáculo. Ao fazer esta passagem mais homogénea evita torções no chassis. Esta dica é válida para lombas. São muitos os condutores que têm o hábito de passar apenas com as rodas de um dos lados pela lomba, desviando o outro lado do veículo para uma área sem obstáculo. Esta situação e no caso da lomba ser alta, pode produzir torções no chassis.
O alinhamento das rodas deve ser verificado sempre que conduza em estradas problemáticas. Com os impactos em buracos, lombas ou obstáculos, as especificações da geometria de suspensão podem desajustar-se. Por isso, sempre que houver forte impacto em buracos e obstáculos é necessário verificar o alinhamento. Outro problema tem a ver com os pneus. Passar dentro de um buraco pode danificar o pneu ao ponto de rebentar ou de criar uma bolha do lado de dentro e que nem sempre é visível.  Quando passar por dentro de um buraco e perceber que houve pancada, pare logo de seguida e tente inspecionar algumas consequências mais gravosas que possam ter sido resultado do embate.

Lombas também danificam

As lombas têm uma razão de ser: reduzir a velocidade dos carros que circulam. Por isso são colocadas na cidade, especialmente perto de zonas escolares, para que os condutores andem mais devagar e assim evitar acidentes. Mas se ignorar as lombas e não reduzir a velocidade de forma suficiente, quem sofre é o carro.

É certo que nos últimos anos as lombas espalharam-se como se espalharam as rotundas, primeiro fizeram-se rotundas em retas longas para evitar o excesso de velocidade mas quando isso não dá resultado então fazem-se lombas ou, algo ainda pior que está na moda, passadeiras elevadas, que são um grave problema para o carro, porque mesmo que passamos a 50 km/h (velocidade máxima permitida nesses locais, geralmente), é uma velocidade elevada, ora na minha opinião essas lombas apenas fazem com que se gaste muito os pneus, os travões e se possa provocar acidentes devido às travagens repentinas.

Mas uma vez que ninguém parece dissuadir os presidentes de câmara a acabarem com este flagelo das lombas, fica aqui os problemas que o excesso de velocidade nessas lombas pode provocar. 

De seguida recordamos o que pode acontecer se passar nas lombas muito depressa:

  1. Pneus. Embora as lombas sejam arredondadas, passar por elas muito depressa pode provocar o mesmo dano que subir um passeio, ou seja, cortes e deformações.
  2. Amortecedores. A vida útil da suspensão ronda os 60.000 quilómetros, mas se viver numa cidade com muitas lombas e não respeitar os limites de velocidade, a cifra pode reduzir-se para metade!
  3. Chassis. Uma lomba após a outra acaba por dar lugar ao aparecimento de fendas e problemas no motor. Desta forma, o seu carro envelhece mais depressa.
  4. Apoios do motor. Embora não parece os apoios do motor e eventualmente o próprio motor são muito afetados pelas lombas e buracos, porque o choque violente e vibração forte e repentina provocam desgaste acelerado podendo levar a partir os apoios e eventualmente estragar gravemente o motor.

Ricardo Carvalho

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