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Embora Portugal não esteja habituado a temperaturas muito baixas, com fenómenos climáticos cada vez mais extremos, o frio pode ser realmente danoso para os nossos carros.

O automóvel não é imune às condições climatéricas mais adversas, especialmente alguns dos seus componentes que podem sofrer importantes e dispendiosas avarias.

Aqui, fazemos um resumo dos elementos do automóvel que precisam de mais atenção nesta época sempre que o mercúrio do termómetro baixa demasiado, e damos recomendações para evitar que sofram demais ou que simplesmente se avariem pelo frio.

Bateria

É, seguramente, o elemento que mais facilmente pode sofrer um avaria ou seja, basicamente, que pode ficar sem carga, uma probabilidade que aumenta ao mesmo ritmo que cresce a sua veterania. Assim, para prevenir surpresas, é recomendável deslocar-se a uma oficina para lhe fazer uma verificação quase de imediato. Na oficina vão dizer-nos em que estado se encontra e qual a sua vida útil.
Se precisar de substituir a bateria, faça-o numa oficina até porque ficarão com a velha para ser reciclada com condições.
Se a quiser manter mesmo sendo “velhinha”, aqui no revistacarros.pt recomendamos não realizar trajetos demasiado curtos pois existe a possibilidade de que gaste mais bateria (no arranque) do que aquela que vai regenerar durante o pequeno trajeto que realizar. O alternador é outro elemento que pode sofrer com o frio.

 


Motor

Um automóvel que passou uma noite muito fria na rua é recomendável que deixe o motor trabalhar ao ralenti durante alguns minutos para que atinja a temperatura ideal de funcionamento, uma recomendação que alguns podem achar incongruente nestes tempos de máxima preocupação com o meio ambiente.
Pode não chegar ao nível ótimo de temperatura, mas vai permitir que os cilindros, alguns componentes e os líquidos do motor percam esse frio que pode provocar uma rutura por falta de lubrificação ou densidade inadequada quando entramos no pára-arranca da cidade.
No caso de se danificar algum componente do motor, a reparação pode custar acima de mil euros. Assim, é de vital importância verificar o líquido anti-congelante, que deve ser substituído periodicamente. Este líquido está encarregado de manter a temperatura ótima do motor no verão e no inverno e é uma tarefa que pode ser feita por si.

Aquecimento
É um dos componentes do veículo que é imprescindível nesta altura do ano. Pode falhar por causa de uma obstrução das condutas ou pelo mau estado do próprio liquido que podia ter resíduos e aí entupir a tubagem. Limpar o depósito e desentupir as tubagens é uma operação que pode custar cerca de 150 euros.
Devemos ter em conta com o aquecimento o facto deste aproveitar o calor do motor, pelo que que se demorar a sair ar quente (ou não sair sequer) pode dever-se à deslocação ter sido curta e não ter dado tempo ao motor de atingir a sua temperatura ideal.


Pneus

Os pneus do seu carro devem estar sempre em bom estado. Ou seja, têm de apresentar uma profundidade mínima de 1,6 mm no desenho da sua banda de rolamento (é o mínimo obrigatório), ainda que seja recomendável que esteja acima dos 2 mm, que não apresentem desgaste anormal nem estejam danificados.
Também sofrem com a baixa temperatura. Se vai circular por zonas com temperatura inferior a 7 graus constantemente, o mais recomendável será trocá-los por uns de inverno, para além de terem mais sulcos na sua banda de rodagem para maior aderência em situações de humidade ou neve.


Limpa pára-brisas

Caem as primeiras gotas e as escovas limpa pára-brisas são ativadas de imediato. Por vezes nem há gotas suficientes para serem limpas, por isso quando as escovas passam por zonas secas e sujas do vidro, danificam-se podendo estragar o vidro.
Assim, é recomendável jogar água no limpa pára-brisas para que o varrimento das escovas seja feito numa superfície molhada evitando os danos. A substituição das escovas não é assim tão dispendiosa e pode fazê-lo você mesmo.
Outro gelo que se comete é tentar limpar o gelo e a neve com as escovas. A melhor solução para eliminar esse gelo ou neve passa por verter água (que não esteja quente) com uma pequena proporção de álcool. Cuidado com o limpar o vidro com água quente, pois pode-se partir com a mudança brusca da temperatura. Mudar um pára-brisas não é particularmente económico.

Faróis

É muito importante que consigamos ver e que sejamos vistos pelos outros condutores. Por isso devemos ter todas as luzes corretamente funcionais e bem reguladas em altura.
Os grupos óticos são espaços estanques nos quais não deve entrar água nem sujidade, mas com o passar dos tempo há borrachas que ficam gretadas e que deixam passar ar. Com o frio da rua e as temperaturas que as luzes projetam, podem formar-se vapores no interior do farol que alteram a luz, provocando dificuldade na visão dos condutores com os quais se cruza.


Carroçaria

É prática comum que quando as temperaturas baixam e há neve, espalhar-se sal pelas estrada para evitar a formação de blocos de gelo. É verdade que facilita a circulação, mas tem um efeito secundário nos automóveis. O sal é muito corrisivo para o metal, tanto para a carroçaria, danificando a pintura, como para a mecânica, menos visível, mas igualmente danificável.
Assim, é recomendável lavar o veículo com frequência, sempre com uma pistola de água com pressão do que num túnel de lavagem, porque podemos dirigir o jato de água para as zonas mais baixas do veículo, eliminando os restos de sal.

Ricardo Carvalho

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