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O prazer de condução esteve sempre no ADN da marca Peugeot. Hoje, através da nova linha Peugeot Sport Engineered, a marca pretende definir um novo tipo de performance, através da construção de máquinas cuja energia elétrica gera novas sensações e experiências de condução.

Com as versões de alta performance do 508 (berlina e SW), a marca francesa mostra o primeiro modelo da sua nova assinatura Peugeot Sport Engineered.

Recuando no tempo, as berlinas desportivas de elevada performance não são novidade para a Peugeot. No início da década de 1990 nasceu a versão mais desportiva do 405, um modelo que, desde o seu lançamento em 1987, tinha os genes de uma berlina desportiva, embora não tenha inicialmente sido disponibilizado numa versão radical. Foi em 1993 que chegou ao mercado uma versão T16, sigla com uma carga histórica importante, herança do 405 Turbo 16, duplo vencedor do Paris-Dakar (1989 e 1990) e também da rampa de Pikes Peak (1988 e 1989). Sucedeu ao lendário 205 Turbo 16, viatura de Grupo B que se sagrou Bicampeã do Mundo de Ralis e também duplamente vencedora do Paris-Dakar (1987 e 1988).

O Peugeot 405 T16 contava com uma mecânica muito avançada para a época, ideal para seduzir os clientes que pretendiam combinar as virtudes de uma confortável berlina familiar com as de um modelo desportivo, que proporcionasse o máximo prazer de condução. Esta versão extrema do 405 oferecia prestações inéditas para um automóvel deste género.

Equipado com um motor 2.0 litros de 4 cilindros, sobrealimentado por um turbo Garrett, o 405 T16 desenvolvia uma potência de 196 cv, que poderia ser incrementada até aos 220 cv graças à pressão de sobrealimentação entregue pelo overboost. Com níveis de desempenho brilhantes, permitia-se uma velocidade máxima de 235 km/h e uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em apenas 7 segundos, fruto, em grande parte, da tração integral permanente e do sistema de acoplamento viscoso, montado em paralelo, que controlava o deslizamento e repartia o binário em 53% pelas rodas da frente e 47% nas traseiras.

Para não sobrecarregar a estética e, assim, não distorcer o excelente trabalho feito pela Pininfarina, esta versão desportiva não era muito vincada em termos visuais. Não tinha arcos de rodas alargados, como os usados no 205 Turbo16 de série, mas uma silhueta que mantinha toda a elegância do modelo.

Apenas as jantes de liga leve de 16 polegadas (em vez de 15), com cinco raios, e o sistema de limpeza dos faróis (de série), permitiam aos mais apaixonados distingui-lo de imediato. Do seu antecessor, o Peugeot 405 Mi16, o T16 apenas recuperava as embaladeiras, os para-choques dianteiros e traseiros e o aileron, aqui redesenhado e mais aerodinâmico. O seu cartão-de-visita encontrava-se na secção traseira, no porta-malas, com o lettering “T16” em vermelho, que completava o nome do modelo.

Era, assim, um automóvel topo de gama, tecnologicamente avançado, capaz de entusiasmar todos os que o conduziam, sem abdicar de uma linha elegante e de um conforto notável, extensível a todos os seus ocupantes. Foram produzidas 1.046 unidades, tornando-o, agora, numa proposta muito procurada pelos colecionadores.

Ricardo Carvalho

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