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Ao olhar destreinado, o Classe C de 2019 pode parecer exatamente igual ao modelo lançado em 2014, mas existem alterações importantes que o tornam mais competente e eficaz. Em análise, versão C 200 d com motor revisto de 160 CV na sempre elegante carroçaria familiar Station.

A Mercedes-Benz não esconde o seu orgulho no Classe C, modelo que sempre foi um representante de primeira linha da filosofia da marca germânica, unindo competência familiar, eficácia mecânica e elegância estética. Por isso, o esforço foi grande no momento de operar uma profunda atualização, em meados de 2018, que tocou em mais de 6500 componentes do Classe C, traduzindo de forma bem evidente a ideia de que o Classe C continua a ser um porta-estandarte germânico.

Esteticamente, é apenas uma evolução do que surgiu no mercado em 2014, com novos para-choques e grelha dianteira, além de poder incluir sistema de iluminação LED High Performance para melhor capacidade de iluminação em condução noturna. Regra geral, o desenho é muito semelhante ao do modelo anterior, pelo que a primazia, percebe-se, foi dada aos aspetos ocultos ao olhar.

Conforto e requinte

No interior, há novidades mais relevantes que complementam a noção geral de conforto e requinte. Além de novos revestimentos no habitáculo, que reforçam a sensação de qualidade, o grande ponto de destaque é a modernização tecnológica que aproxima esta geração dos Classe E e A, como são os casos da instrumentação digital (mas com dois ecrãs bem separados e não em formato ‘wide’ como nesses dois).

Sem contar com essa instrumentação digital, a versão ensaiada combinava dois instrumentos analógicos circulares intercalados por um ecrã a cores de 5.5 polegadas com diversas informações. Na consola central, pode figurar um ecrã de 10.25 polegadas para a vertente multimédia (com o sistema COMAND Online), que traz igualmente modernismo tecnológico, o mesmo que se pode encontrar nos comandos táteis do volante, um de cada lado. Por falar em volante, este passa também a incluir os comandos do cruise control. Há ainda uma nova leva de assistentes tecnológicos à condução no Classe C renovado (opcionais).

Motor poupado!

Novidade nesta atualização é a motorização de 1.6 litros turbodiesel desenvolvida pela Mercedes-Benz e que corporiza o nível C 200 d Station, variante com 160 CV acoplada a caixa automática 9G-TRONIC de nove velocidades.

Progressivo na entrega da potência, o binómio motor/caixa responde bem desde baixos regimes, com os 360 Nm de binário, disponíveis logo às 1.600 rpm, a serem bem aproveitados pela transmissão, que faz uma gestão oportuna da relação mais adequada para cada necessidade. Isso permite-lhe oferecer prontidão em aceleração e em retomas (mesmo que não seja surpreendente ou aspirante a desportivo), mas também circular a ritmo de autoestrada com tranquilidade. Na apreciação positiva destoa apenas o ruído algo intrusivo que emana do compartimento do motor e que é atenuado a velocidades mais altas, mas não totalmente apagado.

Mas, o que realmente surpreende é o consumo desta carrinha: uma utilização prática revela enorme economia, com valores bem baixos, a que não é alheio o modo ecológico (ECO) do Dynamic Select (existem outros modos como o Comfort, Sport e Sport+), o qual permite condução ‘roda livre’, com o motor desacoplado da caixa. No ensaio, obtivemos um valor médio de 5,2 l/100 km sem qualquer constrangimento de ritmo, o que mostra uma veia económica muito apelativa para quem procura uma carrinha para viagens longas, com conforto e requinte.

À demonstração energética do motor 1.6 alia-se ainda a competência de um bom chassis, que garante combinação de agilidade e conforto, sendo por esta última vertente que a carrinha C 200 d sobressai de forma mais evidente. A direção é precisa e a sensação geral é de solidez em qualquer tipo de piso, curvando com neutralidade e mostrando estabilidade nas transferências de massas.

Proposta por 49.395 euros, esta carrinha garante ainda espaço mais do que suficiente para passageiros (idealmente quatro, já que o lugar central traseiro é duro e tem um incómodo túnel central no piso), cumprindo o seu dever familiar, mesmo que a bagageira não seja tão ampla como algumas rivais do segmento. Já o acionamento elétrico da porta da bagageira permite maior funcionalidade. Como é usual nas marcas Premium, a lista de opcionais é extensa e dispendiosa, podendo aumentar em muitos euros o preço a pagar no final – no caso em apreço, considerados todos os opcionais, ‘atira-se’ para um valor aproximado dos 60 mil euros.

Texto Miguel Silva Fotos Paulo Calisto

FICHA TÉCNICA

MERCEDES-BENZ C 200 D STATION AUTO

TIPO DE MOTOR Diesel, 4 cilindros em linha, turbo

CILINDRADA 1.598 cm3

POTÊNCIA 160 CV às 3.800 rpm

BINÁRIO MÁXIMO 360 Nm entre as 1.600 e as 2.600 rpm

V. MÁXIMA 220 km/h

ACELERAÇÃO 8,2 s (0 a 100 km/h)

CONSUMO 4,3 l/100 km (misto)

EMISSÕES CO2 114 g/km

DIMENSÕES (C/L/A) 4.702 / 1.810 / 1.457 mm

PNEUS 205/60 R16

PESO 1.615 kg

BAGAGEIRA 490-1.510 l

PREÇO 49.395 €

GAMA DESDE 42.400 €

I.CIRCULAÇÃO (IUC) 146,79 €

LANÇAMENTO Agosto de 2018

EQUIPAMENTO

SÉRIE

Airbags frontais, laterais (dianteiros) e de cortina; airbag de joelho para o condutor; ISOFIX; controlos de estabilidade e de tração; sistema ATTENTION ASSIST para alerta do cansaço do condutor; sistema de alerta de colisão; travão de estacionamento elétrico; sensor de pressão dos pneus; direção regulável em altura e profundidade; volante multifunções em pele com 12 botões; ecrã multifunções no painel de instrumentos; cruise Control com SPEEDTRONIC; ar condicionado automático; suspensão Conforto; sensores de chuva e luz; faróis de halogéneo com luzes de condução diurnas; bancos dianteiros com regulação elétrica; estofos em tecido Abardeen em preto ou cinza; acabamentos interiores em piano lacado preto; retrovisores elétricos aquecidos; Sistema Audio 20 GPS com ecrã de 7″, leitor de CD, duas portas USB, entrada de cartões SD e Bluetooth; e jantes em liga leve de 16 polegadas.

OPCIONAIS

Pintura metalizada (1.000 €); bancos em pele (600 €); airbags laterais traseiros (750 €); faróis de LED (1.100 €); head-up display (1.250 €); teto panorâmico de abrir em vidro (1.800 €); cockpit panorâmico digital (950 €); Linha de Design Avantgarde – inclui Linha de Design Interior Avantgarde, Linha de design exterior Avantgarde e faróis LED (3.150 €); jantes em liga leve de 17″ (100 €); assistente de ângulo morto (600 €); assistente ativo de distância DISTRONIC (750 €); fecho autónomo da bagageira (50 €); Pack Parking – inclui câmara e sistema de estacionamento ativo (800 €).

Ricardo Carvalho

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