fbpx




Empresa especialista em cadeirinhas de criança organizou um evento, em parceria com a Fundação RACE, para chamar a atenção da sociedade para a segurança infantil nas viagens de carro e para o perigo dos produtos em segunda mão ou não homologados.

A segurança rodoviária das crianças em Portugal é uma questão de grande relevância, uma vez que os acidentes de trânsito continuam a ser uma das principais causas de morte entre os jovens. De acordo com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), em 2022, foram registados 18.620 acidentes envolvendo vítimas com idades compreendidas entre 0 e 14 anos, resultando em 24 mortes e mais de 500 feridos graves.

Estes números evidenciam a necessidade urgente de medidas eficazes para aumentar a segurança das crianças nas estradas portuguesas. Entre essas medidas, o uso adequado de cadeirinhas de segurança é crucial. Estudos indicam que o uso correto de dispositivos de retenção infantil pode reduzir em até 70% a probabilidade de morte em caso de acidente. Tendo números como os da ANSR, a CYBEX, uma das principais marcas no setor de segurança infantil, que se destaca por desenvolver cadeiras de segurança que não só cumprem, como excedem, os padrões europeus de segurança, resolveu promover um encontro, em parceria com a Fundação RACE, para chamar a atenção para a importância de utilizar produtos de qualidade e devidamente homologados, quando se fala de segurança infantil na estrada.

Passar a mensagem

A segurança rodoviária infantil é um esforço coletivo que requer a colaboração de pais, educadores, autoridades e empresas como a CYBEX. Apenas através de um compromisso conjunto é possível reduzir as tragédias nas estradas e garantir um ambiente seguro para as crianças. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que os acidentes de trânsito são a principal causa de morte de crianças e jovens entre 5 e 29 anos, frisando a necessidade de intervenções integradas que incluam melhorias na infraestrutura, regulamentação rigorosa de veículos e promoção de comportamentos seguros no trânsito.

Nesse sentido, e conscientes do seu papel “como prescritores e perante a chegada do período de férias em que aumentam as viagens familiares de carro, a marca de puericultura CYBEX e a Fundação RACE (Real Automóvil Club de España) organizaram, no passado dia 5 de junho, um evento, em Madrid, que procurou transmitir a mensagem da importância do uso de sistemas de retenção infantil (SRI) seguros e adequados nas viagens de carro com crianças, “além de reforçar a consciencialização geral sobre os riscos de condução imprudente”.

Para tal, organizou-se um workshop prático de instalação correta de cadeiras auto, uma sessão de condução defensiva e gestão de travagens a longa distância; um simulador de capotamento e um exercício de simulação de condução sob o efeito de álcool. “Desta forma, os participantes puderam comprovar, por si próprios, todos os aspetos a ter em conta quando se circula com uma criança no carro, recebendo ajuda personalizada dos especialistas em segurança infantil presentes no evento, onde se abordaram algumas das preocupantes conclusões patentes nos últimos estudos de segurança infantil”, explica a empresa, em comunicado.

Instalação e uso incorreto

“As cadeiras auto CYBEX incorporam distintas tecnologias e indicadores visuais e acústicos para assegurar a sua correta instalação sobre uma base, assim como um sistema de arnês fácil e intuitivo que ajusta a criança em segundos, além de proteções laterais que se ativam automaticamente”, explica a empresa.

E sublinha, a propósito: “A CYBEX também conta com dispositivos de segurança inovadores, como SENSORSAFE, que, através de uma app que se conecta aos telemóveis dos pais, avisa-os de situações potencialmente perigosas, como as crianças tirarem os braços do arnês quando o carro está em movimento, o facto de a temperatura no interior do veículo subir ou baixar demasiado, conduzir durante mais de duas horas seguidas sem realizar uma paragem e, seguramente a mais importante, alerta se a criança ficar sozinha por descuido dentro do carro”.

Viajar no sentido da marcha

Segundo o estudo realizado pela organização britânica Child Seat Safety, que tem como objetivo promover a segurança em viagens de automóvel, 85% das crianças de dois e três anos viaja a favor da marcha. Os principais motivos que argumentam as famílias para colocar as crianças viradas para a frente são: mais espaço, contacto visual e evitar enjoos. As consequências podem ser graves.

“Perante esta realidade, a CYBEX apresentou, recentemente, a Anoris T2 i-Size, uma atualização da sua revolucionária e premiada cadeira com airbag integrado de corpo inteiro Anoris T. Esta cadeira, orientada a favor da marcha, permite o contacto visual dos pais com a criança em todo o momento e proporciona até mais 50% de segurança em caso de impacto frontal face a uma cadeira auto convencional orientada para a frente com arnês de cinco pontos”, revela a empresa.

Em caso de colisão frontal, o airbag insufla-se em milissegundos formando um ‘C’ em redor da almofada que proporciona uma proteção ótima sobre a cabeça, o pescoço e o tronco da criança. As forças distribuem-se, assim, por todo o corpo e a criança permanece segura no seu lugar. Além disso, a Anoris T2 i-Size oferece mais espaço para as pernas e uma proteção integral às crianças entre 15 meses e sete anos (76 – 125 cm), três anos mais do que as cadeiras similares e um ano mais do que a sua antecessora, Anoris T”, garante.

Perigo da segunda mão

Outro potencial perigo para a segurança infantil a bordo? “A compra de sistemas de retenção infantil (SRI) em segunda mão através de distintas plataformas de venda é uma prática habitual que não tem deixado de crescer e que se realiza sem controlo oficial, sem aconselhamento profissional e sem garantia sobre o produto”, avisa.

Com base nestas situações, a Aliança Espanhola para a Segurança Rodoviária Infantil (AESVI) realizou um estudo sobre o estado e as consequências da utilização de cadeiras infantis em segunda mão. Para isso, compraram-se, de forma aleatória, 10 cadeiras dos Grupos 0, 0+ e 1 (do nascimento a 105 cm de altura) procedentes de distintas zonas de Espanha. “Os resultados: nove em cada 10 cadeiras não cumpririam, hoje, o Regulamento Europeu de Segurança. Apenas um dos ensaios estabelecidos no Regulamento Europeu ECE R44 foi suficiente para determinar que nove dos 10 SRI adquiridos aleatoriamente no mercado de segunda mão seriam incapazes de desempenhar a sua função dentro dos limites exigíveis”, revela a mesma fonte, em comunicado.

Compra virtual de SRI

Face à proliferação de compras em portais extracomunitários, também a Aliança Espanhola para a Segurança Rodoviária Infantil (AESVI) realizou o relatório “O perigo dos SRI adquiridos em plataformas de venda direta extracomunitárias” sobre os riscos reais que podem representar os dispositivos adquiridos neste tipo de portais para a segurança das crianças. “Para isso, analisaram-se 10 amostras representativas de distintas idades de uso e nenhum destes 10 sistemas poderia ter sido homologado nas suas condições atuais, ou seja, nenhum estava apto para a sua comercialização na Europa devido a graves incumprimentos, tanto normativos como técnicos”, afirma a CYBEX, no mesmo documento.

“Estamos perante uma falta de sensibilização preocupante em temas de segurança infantil. Os fabricantes de cadeiras de carro têm pela frente uma tarefa de divulgação e de consciencialização muito importante que não podemos adiar”, afirma Philippe Darmigny, diretor-geral da CYBEX Espanha e Portugal. “É, também, nossa tarefa educar a sociedade sobre o importante que é levar as crianças sentadas sobre um SRI adequado ao seu peso e altura. E que essa cadeira de carro tenha sido adquirida em lojas oficiais e esteja instalada da forma correta”, conclui.

Ricardo Carvalho

Ver todas as publicações
Publicidade
Siga-nos no Facebook:
Publicidade
Publicidade